Os investimentos em Ciência & Tecnologia têm viabilizado a elevação da qualidade de vida. Investigações relacionadas com as pessoas com necessidades educacionais especiais ampliaram o conhecimento sobre essa população e permitiram o desenvolvimento de metodologias educacionais. É preciso aumentar a comunidade científica nacional para ampliar a geração de conhecimento. A pesquisa demonstra o impacto do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, na formação de cientistas, na Universidade Federal de São Carlos – UFSCar e na área de Educação Especial. Realiza um trabalho de análise sobre a C&T no Brasil e apresenta uma discussão sobre a iniciação científica. Perpassa por um exame conceitual da educação especial, juntamente com a exposição de avanços nas teses e dissertações dentro deste campo. O primeiro estudo, sobre a trajetória acadêmica, no âmbito dos cursos de mestrado e doutorado, dos egressos do PIBIC da UFSCar, do período de 1992 a 2000, está efetuado da seguinte forma: os nomes dos egressos foram cruzados na página da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, que possui registro sobre os alunos que finalizaram cursos de mestrado e/ou doutorado. Houve exame do Currículo Lattes, que apresenta dados mais recentes. É possível verificar os resultados do PIBIC na UFSCar no que se refere à titulação dos egressos e instituição que escolheram para prosseguir na vida acadêmica. A segunda investigação, que envolveu os anos de agosto de 1993 a julho de 2004, alcançando mais de 175 mil bolsas do PIBIC, concedidas para diferentes regiões do País, está voltada para constatar os projetos científicos executados que se enquadravam no campo da Educação Especial. Há classificação das investigações por população-alvo e apresentação do volume de trabalhos por instituição. Na etapa seguinte desta pesquisa, se realiza o cruzamento dos dados nas páginas CAPES e do CNPq, para verificação da trajetória acadêmica na pós-graduação dos egressos do PIBIC que se engajaram em projetos sobre o ensino especial. Em torno de 50% dos egressos da UFSCar vão para os cursos de mestrado e/ou doutorado e preferem permanecer no Estado de São Paulo para continuidade dos estudos. Na área de Educação Especial, apenas 0,64% dos projetos com condições de análise (145.028) se enquadram nesta área. Sobressaem os estudos Genéricos, seguidos das análises sobre deficiência mental e depois deficiência auditiva. Existe a expectativa que pelo menos 36% dos ex-bolsistas se titulem na pós-graduação stricto sensu. Há necessidade de estimular as pesquisas e buscar estratégias para formar novos pesquisadores no campo da Educação Especial. Estudos adicionais envolvendo as bolsas do PIBIC são recomendados, para maior conhecimento dos resultados.