No período de 08 a 10 de novembro de 2021, em formato online, foi promovido o XII Fórum Internacional de Pedagogia – Edição Brasil. O evento foi realizado pela Associação Internacional de Pesquisa na Graduação em Pedagogia (AINPGP), contando com o apoio de outras instituições de Ensino Superior brasileiras.
Diante da atual conjuntura acadêmica no Brasil e somada ao fenômeno do negacionismo científico, o evento trouxe como tema principal a “A ciência como fronteira para a resistência democrática”, pautando o debate sobre o lugar da Universidade, da educação e da pedagogia no contexto de uma sociedade comprometida com a democracia, a ciência e a educação.
Assim, considerando as discussões realizadas em edições anteriores e os devidos encaminhamentos propostos, a AINPGP optou por organizar uma edição que debata questões emergentes no contexto acadêmico e, em especial, no campo do saber científico, dentre as quais destacamos as ameaças à democracia; os riscos do negacionismo científico; os percursos e os desafios da formação de pesquisadores/as e da produção do saber científico, dadas as manifestações revisionistas e negacionistas acerca dos avanços promovidos pelo campo científico. Questões estas que, no contexto brasileiro, têm se desdobrado em uma profusão de debates tanto em âmbito universitário quanto fora dele.
Buscou-se aqui discutir esse panorama, problematizando-o, no intuito de compreender os mecanismos de poder e as desigualdades sociais e educacionais que, por um lado, legitima(ra)m conhecimentos e, por outro, continuam a produzir uma política de pertencimento e/ou de negação cultural no Brasil, forjando uma democracia desigual, excludente.
Dado isso, considerando-se a supremacia da ciência em seu papel de fornecer instrumentos para a explicação da realidade, questionamos o(s) porquê(s) deste cenário. Entendemos ser a própria ciência, a partir dos seus diversos campos de estudo, quem nos ajuda nessa compreensão, de maneira que se mostra como fronteira à resistência democrática.
O XII FIPED, o segundo realizado em formato online, contou ainda com vasta experiência de edições realizadas dentro e fora do Brasil e visa, com uso das tecnologias, fazer menor a distância entre instituições educacionais, pesquisadores/as, países e continentes.
Os organizadores